por Rafael Teles - Nutricionista em formação
"Fala, pessoal! Pra quem ainda não me conhece, meu nome é Rafael Teles e eu estudo nutrição na UFBA (Universidade Federal da Bahia).
Estou extremamente feliz em ter a oportunidade de compartilhar um pouco de conhecimento com vocês… nunca é demais, në? Rs!
Hoje vamos falar sobre as calorias dos smartwatches . Espero que gostem!
Vamos pra cima. Vem comigo!"
Será que realmente esses relógios são precisos na hora de medir a quantidade de calorias por exercício?
Vamos lá, se você é uma das pessoas que gosta desses aparelhos, preciso abrir os seus olhos um pouco, pois quando o assunto é contagem de caloiras pode ser um pouco decepcionante.
Esses aparelhos acabam não levando em consideração vários fatores e por isso não conseguem estabelecer valores fidedignos.
Existem relógios que superestimam cerca de 70-75% a mais do gasto calórico. Então, as vezes você acha que esta gastando 1000kcal, só que na verdade foram 250-300kcal…
O que vai influenciar realmente será a sua frequência cardíaca e é isso que você deve passar para o seu nutricionista para ele realizar os cálculos de METS e averiguar com precisão o seu gasto calórico nos exercícios.
As vezes, a própria percepção de esforço pode ser mais interessante.
E A CIÊNCIA? O QUE DIZ?
Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Stanford, na Califórnia, nos EUA tirou essa dúvida para a gente.
No estudo, foram avaliados 60 voluntários, entre 21 e 64 anos, com 7 smartwatchs de diferentes marcas, e ao todo foram feitos 80 testes distintos, enquanto os participantes andavam de bicicleta, corriam, ou ficavam simplesmente sentados.
Para realizar o estudo, os pesquisadores testaram: Apple Watch, Fitbit Surge 2, Microsoft Band, Basis Peak, Samsung Gear S2, PulseOn e Mio Alpha 2 foram usados em diferentes situações, junto com equipamentos de medição profissionais.
Os estudiosos compararam os valores obtidos dos aparelhos com informação obtida a partir de eletrocardiogramas e com a medição de calorimetria indireta (uma medição dos níveis de oxigênio e dióxido de carbono na respiração, que permite medir o gasto calórico).
A percentagens de erro variam entre 27% e 93% sobre o gasto calórico, e segundo os pesquisadores, uma taxa de erro aceitável para dispositivos fora do cenário médico seria de até 10%. O Apple Watch (queridinho de muitos), apresentou uma taxa de erro de 40% e ficou em segundo lugar nas pesquisas atras do PulseOn.
Já a frequência cardíaca se mostrou bem compatível com uma percentagem de erro inferior a 5%.
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